sábado, 29 de junho de 2013

Ainda sobre a manifestação realizada pelos professores na sexta feira dia 28 de junho



O que foi feito pelo senhor João Marques, escrevo senhor porque não tenho mais motivos para tratá-lo como professor, foi uma demonstração de como os capachos do poder maior agem contra o povo trabalhador. É importante esclarecer ao senhor João Marques, que o que ocorreu em seu evento, como ele encheu o peito para dizer, não foi provocado por mim professor Gilberto, mas por um grupo de professores indignados com os ataques do governador e com os atos ditatoriais do senhor, João Marques. Contudo, afirmo de cabeça erguida e orgulhoso que integrei esse grupo e que se fosse necessário faria isso sozinho, pois não tenho medo de assumir responsabilidades quando estas são coerentes com minhas convicções.
Senhor João Marques, o senhor foi de sala em sala impondo aos profissionais que ministravam aulas nesse “seu evento”, que não permitissem minha entrada para conversar com os colegas de trabalho, dizendo ainda que eu estava tumultuando “seu evento”. Ora senhor João Marques, seu evento? O evento era da educação mineira, mesmo sendo desnecessário o evento não era seu. Essa fala é típica de ditadores.
Diante dessa pressão grande parte dos educadores não aderiu ao movimento e ainda contamos com a agressividade por parte dos professores que ministravam os cursos atendendo às ordens do superintendente não permitindo nossa entrada nas salas para divulgarmos nossa manifestação. Muitos foram extremamente grossos fechando a porta na cara dos que se aproximavam. Essa situação protagonizada por educadores foi ridícula. Educadores de verdades não se prestam a isso. Sendo assim, de minha parte, esses que abaixaram a cabeça para o superintendente e proibiram nossa entrada nas salas, também não merecem mais ser tratados como educadores ou professores. Como ensinar cidadania a crianças e jovens agindo como capachos e filhotes de ditadores?
Alguns desses filhotes de ditadores, covardes, ameaçaram os professores que desejavam se manifestar de alguma forma favorável aos professores que se manifestavam fora das salas. Exigiam que ficassem calados e que se falassem alguma coisa demonstrando apoio à manifestação seriam penalizados perdendo todas as horas do curso e tendo seu dia cortado. Como tratar esses profissionais como educadores? Como tê-los com parceiros por uma educação de qualidade? Impossível.
Senhores que trabalham com o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), que foram coniventes com o ditador João Marques saibam que não serão mais bem recebidos nas escolas pelos professores conscientes de seu trabalho. A falta de educação em fechar porta na cara dos verdadeiros educadores e as ameaças realizadas são repudiadas veementemente. Até então esses senhores eram respeitados porque acreditamos que todos têm o direito de trabalhar para defender seu sustento. Contudo, não respeitamos pessoas que realizam ataques dessa natureza sobre os educadores, pois vocês não são educadores e se prestam a um serviço de contribuição ao governo do Estado de Minas gerais em enganar os alunos os pais dos alunos. Isso é vergonhoso. Alguns de vocês mais conscientes que se sentem dignos e que não querem viver com essa vergonha na vida deveriam abandonar esse trabalho porque se são competentes conseguirão outro trabalho onde poderão exercê-lo com dignidade e com a consciência um pouco mais tranquila.
Afirmo que continuarei na luta por uma educação de qualidade e por respeito ao profissional da educação.

Professor Gilberto José de Melo
Coordenador do SinUTE Subsede Patrocínio


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