O que foi feito pelo senhor João
Marques, escrevo senhor porque não tenho mais motivos para tratá-lo como
professor, foi uma demonstração de como os capachos do poder maior agem contra
o povo trabalhador. É importante esclarecer ao senhor João Marques, que o que
ocorreu em seu evento, como ele encheu o peito para dizer, não foi provocado
por mim professor Gilberto, mas por um grupo de professores indignados com os
ataques do governador e com os atos ditatoriais do senhor, João Marques. Contudo,
afirmo de cabeça erguida e orgulhoso que integrei esse grupo e que se fosse
necessário faria isso sozinho, pois não tenho medo de assumir responsabilidades
quando estas são coerentes com minhas convicções.
Senhor João Marques, o senhor foi de
sala em sala impondo aos profissionais que ministravam aulas nesse “seu evento”,
que não permitissem minha entrada para conversar com os colegas de trabalho,
dizendo ainda que eu estava tumultuando “seu evento”. Ora senhor João Marques, seu
evento? O evento era da educação mineira, mesmo sendo desnecessário o evento
não era seu. Essa fala é típica de ditadores.
Diante dessa pressão grande parte dos
educadores não aderiu ao movimento e ainda contamos com a agressividade por
parte dos professores que ministravam os cursos atendendo às ordens do superintendente
não permitindo nossa entrada nas salas para divulgarmos nossa manifestação.
Muitos foram extremamente grossos fechando a porta na cara dos que se
aproximavam. Essa situação protagonizada por educadores foi ridícula.
Educadores de verdades não se prestam a isso. Sendo assim, de minha parte,
esses que abaixaram a cabeça para o superintendente e proibiram nossa entrada
nas salas, também não merecem mais ser tratados como educadores ou professores.
Como ensinar cidadania a crianças e jovens agindo como capachos e filhotes de
ditadores?
Alguns desses filhotes de ditadores,
covardes, ameaçaram os professores que desejavam se manifestar de alguma forma
favorável aos professores que se manifestavam fora das salas. Exigiam que
ficassem calados e que se falassem alguma coisa demonstrando apoio à
manifestação seriam penalizados perdendo todas as horas do curso e tendo seu
dia cortado. Como tratar esses profissionais como educadores? Como tê-los com
parceiros por uma educação de qualidade? Impossível.
Senhores que trabalham com o Programa
de Intervenção Pedagógica (PIP), que foram coniventes com o ditador João
Marques saibam que não serão mais bem recebidos nas escolas pelos professores
conscientes de seu trabalho. A falta de educação em fechar porta na cara dos
verdadeiros educadores e as ameaças realizadas são repudiadas veementemente. Até
então esses senhores eram respeitados porque acreditamos que todos têm o
direito de trabalhar para defender seu sustento. Contudo, não respeitamos pessoas
que realizam ataques dessa natureza sobre os educadores, pois vocês não são
educadores e se prestam a um serviço de contribuição ao governo do Estado de
Minas gerais em enganar os alunos os pais dos alunos. Isso é vergonhoso. Alguns
de vocês mais conscientes que se sentem dignos e que não querem viver com essa
vergonha na vida deveriam abandonar esse trabalho porque se são competentes
conseguirão outro trabalho onde poderão exercê-lo com dignidade e com a consciência
um pouco mais tranquila.
Afirmo que continuarei na luta por uma
educação de qualidade e por respeito ao profissional da educação.
Professor
Gilberto José de Melo
Coordenador
do SinUTE Subsede Patrocínio
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