sexta-feira, 28 de junho de 2013

Relato dos fatos ocorridos no curso de capacitação. Abaixo a ditadura do superintendente João Marques


 A liberdade é um direito natural do homem, contudo algumas pessoas insistem em tentar coibir esse direito que além de ser natural está previsto na constituição brasileira desde o período do império, sendo abolida apenas em dois momentos ditatoriais no Brasil, notadamente no Estado Novo, período em que o Brasil foi governado por Getúlio Vargas entre os anos de 1937 e 1945 e na ditadura militar onde presidentes militares perseguiram, torturaram e assassinaram aqueles, que entre outras ações, tinham coragem de manifestar publicamente suas ideias e convicções.
Atualmente o Brasil é um país, pelo menos na teoria, democrático, entretanto existem aquelas pessoas que para atender as ordens de seus superiores tentam coibir ações democráticas buscam desenvolver uma discussão necessária para que qualquer democracia, como a brasileira, por exemplo, amadureça e se torne algo irreversível.
Situação que caracteriza essa análise ocorreu nesta sexta feira, dia 28 de junho, no UNICERP, onde os professores da rede pública estadual e municipal estavam reunidos por convocação da Superintendência Regional de Ensino, para participarem de um encontro pedagógico para uma capacitação dos educadores. No entanto, durante o curso, alguns professores de história que estavam reunidos em uma sala iniciaram um debate, sadio e democrático, sobre a realidade educação brasileira e em especial a mineira. Foram analisados os duros ataques que o governador está desferindo sobre os educadores, onde destruiu a carreira do magistério e não realiza um aumento salarial.
Além dessa questão específica do profissional da educação, a análise foi mais ampla sobre a qualidade da educação brasileira e mineira. Tivemos acordo que o governo está sucateando a educação não investindo em nada para que os estudantes realmente aprendam o necessário para serem aprovados no final do ano. Concordamos também que mesmo assim os alunos estão sendo aprovados, pois os professores são pressionados a aprová-los para que o governo tenha números para fazer propaganda dizendo que a educação mineira está excelente.
Além disso, na convocatória feita através de oficio enviado para as escolas a Superintendência Regional de Ensino de Patrocínio enfatizava que não seria servido lanche. Esse foi o estopim para a revolta. Sendo assim, um grupo de professores, depois de ter sido aprovado pelos demais colegas que estavam na mesma sala saiu para organizar o convite aos demais educadores para realizar uma manifestação. Enquanto conversava e decidia com agir o Superintendente, professor João Marques, iniciou visitas às salas onde aconteciam as “capacitações” e exigia dos “capacitadores” que não permitissem a entrada o professor Gilberto e dos demais que estavam iriam chamá-los para a manifestação. Isso aconteceu e integrantes da própria categoria ameaçados pelo Superintendente professor João Marques, proibiu a entrada dos nas salas, contudo a conversa aconteceu da porta, sem precisar adentrar.
Durante o intervalo que deveria ser servido um lanche, foi iniciada uma conversa com dezenas e em alguns momentos com centenas de educadores fazendo a mesma análise que já havia sido feita. Foi afirmado que a manifestação não era apenas pelo lanche, mas por muito mais. Era por uma educação de qualidade e pelo fim dos ataques à categoria. Foi nesse momento que o Superintendente, tentou calar os professores afirmando que eles estavam tumultuando seu evento. A todo custo queria impedir a demonstração de indignação ao governo que só faz atacar os educadores e a educação. Mas como mereceu foi durante vaiado pelos professores. Não satisfeito o professor João Marques se sentindo ofendido, pois como ele mesmo já havia afirmado os professores estavam atrapalhando seu evento. Essa fala é típica de um ditador. O superintende, então, chamou a polícia para acabar com o ato. A polícia foi, atendeu ao pedido desse filhote do fascismo. A polícia chegou armada e com cassetetes com o intuito de intimidar. Contudo, parece que até mesmo a polícia verificou que aquele chamado era um absurdo e nem se aproximou dos educadores indo rapidamente embora.
A manifestação continuou, os educadores saíram em carreata pela cidade e param em frente à Superintendência Regional de Ensino onde realizaram denúncias sobre os ataques à educação por parte do governo Anastasia, mas especialmente os ataques realizados pelo professor João Marques. Foi denunciado também as humilhações praticadas pelos inspetores sobre os professores.
À tarde os professores manifestantes retornaram o local onde se realizava o encontro para continuar a manifestação, contudo as ordens ditatoriais permaneciam, e ainda espalharam a falsa informação de que os professores designados que aderissem à manifestação seriam demitidos. Essa é uma prática rasteira de quem está a serviço do explorador, são capachos do governador e do sistema, covardes que ameaçam as pessoas na sua base de sobrevivência econômica.
No entanto, os professores não se calaram e continuaram. O lanche chegou,foi uma conquista. Não era só pelo lanche repetiam os manifestantes. O mais ridículo e aberrante é que o senhor superintendente não permitiu que os professores saíssem das salas para lancharem talvez com medo de que não voltassem para continuar a tal capacitação. No mais claro ato de coronelismo e ditadura os professores ficaram presos.
A ditadura praticada pela Superintendência Regional de Ensino, através de seu superintendente professor João Marques, deve ser eliminada e isso só será possível a partir do momento que os educadores unidos se levantarem para a luta.

Abaixo a ditadura da Superintendência Regional de Patrocínio.
Abaixo o superintendente João Marques.
Abaixo a humilhação praticada pelos inspetores sobre os professores.

Viva a luta dos educadores conscientes da necessidade de mudanças.

Professor Gilberto José de Melo

Coordenador do SindUTE Subsede Patrocínio

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