A
liberdade é um direito natural do homem, contudo algumas pessoas insistem em
tentar coibir esse direito que além de ser natural está previsto na constituição
brasileira desde o período do império, sendo abolida apenas em dois momentos
ditatoriais no Brasil, notadamente no Estado Novo, período em que o Brasil foi
governado por Getúlio Vargas entre os anos de 1937 e 1945 e na ditadura militar
onde presidentes militares perseguiram, torturaram e assassinaram aqueles, que
entre outras ações, tinham coragem de manifestar publicamente suas ideias e
convicções.
Atualmente
o Brasil é um país, pelo menos na teoria, democrático, entretanto existem
aquelas pessoas que para atender as ordens de seus superiores tentam coibir
ações democráticas buscam desenvolver uma discussão necessária para que
qualquer democracia, como a brasileira, por exemplo, amadureça e se torne algo
irreversível.
Situação
que caracteriza essa análise ocorreu nesta sexta feira, dia 28 de junho, no
UNICERP, onde os professores da rede pública estadual e municipal estavam
reunidos por convocação da Superintendência Regional de Ensino, para
participarem de um encontro pedagógico para uma capacitação dos educadores. No
entanto, durante o curso, alguns professores de história que estavam reunidos
em uma sala iniciaram um debate, sadio e democrático, sobre a realidade
educação brasileira e em especial a mineira. Foram analisados os duros ataques
que o governador está desferindo sobre os educadores, onde destruiu a carreira
do magistério e não realiza um aumento salarial.
Além
dessa questão específica do profissional da educação, a análise foi mais ampla
sobre a qualidade da educação brasileira e mineira. Tivemos acordo que o
governo está sucateando a educação não investindo em nada para que os
estudantes realmente aprendam o necessário para serem aprovados no final do
ano. Concordamos também que mesmo assim os alunos estão sendo aprovados, pois
os professores são pressionados a aprová-los para que o governo tenha números
para fazer propaganda dizendo que a educação mineira está excelente.
Além
disso, na convocatória feita através de oficio enviado para as escolas a
Superintendência Regional de Ensino de Patrocínio enfatizava que não seria
servido lanche. Esse foi o estopim para a revolta. Sendo assim, um grupo de
professores, depois de ter sido aprovado pelos demais colegas que estavam na
mesma sala saiu para organizar o convite aos demais educadores para realizar
uma manifestação. Enquanto conversava e decidia com agir o Superintendente, professor
João Marques, iniciou visitas às salas onde aconteciam as “capacitações” e
exigia dos “capacitadores” que não permitissem a entrada o professor Gilberto e
dos demais que estavam iriam chamá-los para a manifestação. Isso aconteceu e
integrantes da própria categoria ameaçados pelo Superintendente professor João
Marques, proibiu a entrada dos nas salas, contudo a conversa aconteceu da
porta, sem precisar adentrar.
Durante
o intervalo que deveria ser servido um lanche, foi iniciada uma conversa com
dezenas e em alguns momentos com centenas de educadores fazendo a mesma análise
que já havia sido feita. Foi afirmado que a manifestação não era apenas pelo
lanche, mas por muito mais. Era por uma educação de qualidade e pelo fim dos
ataques à categoria. Foi nesse momento que o Superintendente, tentou calar os
professores afirmando que eles estavam tumultuando seu evento. A todo custo queria
impedir a demonstração de indignação ao governo que só faz atacar os educadores
e a educação. Mas como mereceu foi durante vaiado pelos professores. Não
satisfeito o professor João Marques se sentindo ofendido, pois como ele mesmo
já havia afirmado os professores estavam atrapalhando seu evento. Essa fala é
típica de um ditador. O superintende, então, chamou a polícia para acabar com o
ato. A polícia foi, atendeu ao pedido desse filhote do fascismo. A polícia
chegou armada e com cassetetes com o intuito de intimidar. Contudo, parece que até
mesmo a polícia verificou que aquele chamado era um absurdo e nem se aproximou
dos educadores indo rapidamente embora.
A
manifestação continuou, os educadores saíram em carreata pela cidade e param em
frente à Superintendência Regional de Ensino onde realizaram denúncias sobre os
ataques à educação por parte do governo Anastasia, mas especialmente os ataques
realizados pelo professor João Marques. Foi denunciado também as humilhações
praticadas pelos inspetores sobre os professores.
À
tarde os professores manifestantes retornaram o local onde se realizava o
encontro para continuar a manifestação, contudo as ordens ditatoriais
permaneciam, e ainda espalharam a falsa informação de que os professores
designados que aderissem à manifestação seriam demitidos. Essa é uma prática
rasteira de quem está a serviço do explorador, são capachos do governador e do
sistema, covardes que ameaçam as pessoas na sua base de sobrevivência
econômica.
No
entanto, os professores não se calaram e continuaram. O lanche chegou,foi uma conquista.
Não era só pelo lanche repetiam os manifestantes. O mais ridículo e aberrante é
que o senhor superintendente não permitiu que os professores saíssem das salas
para lancharem talvez com medo de que não voltassem para continuar a tal
capacitação. No mais claro ato de coronelismo e ditadura os professores ficaram
presos.
A
ditadura praticada pela Superintendência Regional de Ensino, através de seu
superintendente professor João Marques, deve ser eliminada e isso só será
possível a partir do momento que os educadores unidos se levantarem para a luta.
Abaixo a ditadura da
Superintendência Regional de Patrocínio.
Abaixo o
superintendente João Marques.
Abaixo a humilhação
praticada pelos inspetores sobre os professores.
Viva a luta dos
educadores conscientes da necessidade de mudanças.
Professor Gilberto José
de Melo
Coordenador do SindUTE
Subsede Patrocínio
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