DE 6 DE NOVEMBRO A 6 DE DEZEMBRO, VOTE NO PLEBISCITO
NACIONAL POPULAR PELOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!
No último dia 24 de outubro, o Comitê Nacional da Campanha pelos
10% do PIB para a Educação Pública Já se reuniu na sede do Sindicato Estadual
dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE RJ). Uma das definições
centrais da reunião foi a realização do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já
para a Educação no período de 6 de Novembro a 6 de Dezembro.
A pergunta do Plebiscito será: Você é a favor do investimento
de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já? Com as
possibilidades de resposta Sim ou Não. Também foi definido que os Estados terão
autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local.
Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.
Manifesto
Nacional "Por que aplicar 10% do PIB na educação pública?
A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.
ASSINAM ESSE MANIFESTO: ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UFRJ, DCE-UnB, DCE-UFF, DCE UFRGS, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, MOV. MULHERES EM LUTA, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDSPREV, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR, SINDUTE SUBSEDE PATROCÍNIO.
A reunião refletiu os informes de 15 estados, aonde, ainda que de
maneira desigual, a campanha está avançando. A confecção das cédulas será
descentralizada, para permitir que as perguntas locais sejam incorporadas, os
cartazes nacionais estão sendo confeccionados pelas entidades envolvidas na
campanha e podem ter sua arte reproduzida em cada local.
Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.
Mãos à Obra! É hora do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a
Educação Pública Já!
Carta de Lançamento da Campanha Nacional
Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?
A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.
No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos
‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta
nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos
de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de
analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) –
cerca de um quarto da população – alijada de escolarização mínima. Esses
analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo
e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da
sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior – estão
sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e
a assistência estudantil é localizada e pífia.
Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação
formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II
Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste
Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais,
estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira,
indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à
educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da
ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7%
e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido
pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em
Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de
Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na
Educação em … 2020!!!
O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na
Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que
isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na
educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140
bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano
de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na
forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos
para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950
bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e
interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos
pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de
verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos
direitos sociais universais.
Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos
trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as)
interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na
realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de
10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a
cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país,
debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um
plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população
possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a
quem cabe decidir sobre esta questão.
Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e
definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de
entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da
reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos
um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública,
consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.
Junho de 2011.
ASSINAM ESSE MANIFESTO: ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UFRJ, DCE-UnB, DCE-UFF, DCE UFRGS, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, MOV. MULHERES EM LUTA, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDSPREV, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR, SINDUTE SUBSEDE PATROCÍNIO.
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