O
governador Anastasia esteve em Patrocínio neste dia 12 de agosto e foi
recepcionado pelos professores de Patrocínio, Coromandel e Monte Carmelo que se
encontram em greve desde o dia 08 de junho, totalizando 64 dias de greve. Os
professores estão em greve porque o governo de Minas Gerais não quer cumprir a
lei e pagar o piso salarial aos professores determinado pelo governo federal. Minas
Gerais paga o pior piso do Brasil, R$369,00, menos que um salário mínimo.
Os professores lutam até a vitória.
SindUTE Subsede Patrocínio
Coordenador – Professor Gilberto José de Melo
CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular
MEL - Movimento Educação em Luta
O
governador que iria realizar inaugurações em espaço aberto preferiu,
acreditamos por não querer enfrentar a manifestação popular como foi no ano de
2010, realizar esses eventos em local fechado, no Catiguá Tênis Clube. Contudo,
os professores estavam presentes em frente o clube e lá se fizeram ouvir pela
população patrocinense e também, é claro, pelo próprio governador quando este
chegou ao clube.
As
mais variadas “ditas autoridades” (puxar saco), foram almoçar com o governador
Anastasia. Nenhum destes foi poupado pelos professores que estavam realizando a
manifestação, pois a nível estadual as “autoridades” são coniventes com o
governador em não pagar o piso nacional para os professores. A nível municipal,
o prefeito e seus secretários tiveram que ouvir a verdade também a respeito da
lei do piso, pois em Patrocínio esta lei também não é obedecida. A carga
horária de um professor em Patrocínio é de 25 horas sendo 24 horas aulas, isto
é ilegal, pois a lei nacional do piso determina que 1/3 das aulas deve ser em
atividades extraclasse. Sendo assim, por um cargo de 25 horas, de acordo com a
lei nacional do piso, aqui em Patrocínio o professor deveria ministrar no
máximo 17 aulas, contudo o professor da rede municipal de Patrocínio ministra
24 aulas, isto é ilegal.
Não
podemos esquecer de mencionar o episódio protagonizado pelo superintendente
Professor João Marques, que chamou os diretores das escolas estaduais para uma
reunião onde o superintendente exigiu que os mesmos ameaçassem os professores
que estavam dispostos a aderirem à greve e somar forças na manifestação com
demissão. Estamos em uma greve legítima e esta atitude do superintendente nada
mais foi do que atender aos mandos do governador, contudo esta atitude se
caracteriza como assédio moral e o superintendente terá que responder judicialmente
por tal atitude.
Senhor
superintendente João Marques, não se esqueça que quando a justiça lhe convocar
o governador não estará presente e se o senhor solicitar sua presença ele
negará que lhe conhece e dirá que esta atitude foi tomada por sua livre e espontânea
vontade.
Os professores lutam até a vitória.
SindUTE Subsede Patrocínio
Coordenador – Professor Gilberto José de Melo
CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular
MEL - Movimento Educação em Luta
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