segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Congresso da CNTE

O 31º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) em Educação acabou neste domingo dia 16 de janeiro. Este congresso Foi marcado por uma atuação de desespero dessa entidade, pois a oposição conseguiu ter 17,7% dos votos nas eleições das chapas. Sendo assim teriam direito a representação na diretoria, como deixa claro o próprio estatuto da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Contudo, em ato que caracteriza desespero e golpe a CNTE aumentou para 20% a quantidade de votos para que integrantes de outras chapas pudessem fazer parte a diretoria da CNTE. Com isso a diretoria ficou toda nas mãos da Articulação (PT) que é filiada a CUT.

Este foi um congresso governista, onde burocratas do governo, como ministros, falaram mais que os delegados. Os representantes do governo que se fizeram presentes não tiveram receio em afirmar que o governo Dilma será mais fraco do que o governo Lula e por isso ela precisa ser defendida com afinco para que a oposição não cresça durante seu governo ameaçando uma organização maior dos trabalhadores podendo inclusive iniciar um questionamento a nível nacional sobre a importância e necessidade de se acabar com o capitalismo e se construir o socialismo.

É importante salientar a participação da Central Sindical e Popular – Conlutas (CSP-Conlutas) neste congresso.  A CSP-Conlutas realizou um debate político deixando claro o seu desejo de lutar em beneficio do trabalhador e não de manter um governo que deseja acabar com os direitos dos trabalhadores. A presidente Dilma já iniciou, ou está dando sequencia, aos ataques aos direitos dos trabalhadores.

Já existem sindicatos estaduais de trabalhadores em Educação que se desfiliaram da CUT e se filiaram à CSP-Conlutas. Sendo assim, está se criando uma alternativa nacional de luta classista para combater o governismo da CNTE. Minas Gerais está caminhando para seguir o exemplo dos sindicatos lutadores desse país. A oposição em Minas Gerais luta e abre debate com a base da categoria buscando uma análise critica dos acontecimentos tendo em vista se desfiliar da CUT e se filiar à CSP-Conlutas que é uma central de luta.

O maior exemplo da força da oposição em Minas Gerais foi a greve que ocorreu no primeiro semestre de 2010 que durou 47 dias e a atual direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG) não conseguiu terminar a greve como queria, ou seja, sem vitória para os trabalhadores. Por determinação da oposição e consequentemente vitória em assembléia da categoria a greve seguiu por mais tempo  obtivemos certa vitória.

Enfim, os trabalhadores em Educação de Minas Gerais não precisam aceitar o que o SindUTE Estadual determina e muito menos seguir a política da CNTE. A oposição responsável precisa se unir e derrubar estes diretores pró-governo que só tem a prejudicar os trabalhadores em benefício dos capitalistas.  

Professor Gilberto José de Melo

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