Trabalhadores sem terra reagem aos ataques do latifúndio em Patrocínio
Nesta quinta feira dia 04 de abril de 2013 foi realizada uma marcha do movimento sem terra (MST) em Patrocínio e posteriormente ocorreu uma audiência pública no Espaço Cultural para que o MST, juntamente com representantes da do Estado, através da polícia militar e do INCRA encontrasse uma solução para o impasse que se estabeleceu na Fazenda Porto Seguro que hoje responde pelo nome de acampamento Chico Mendes.
Os trabalhadores sem terra já se encontram nesse local a praticamente dois anos. Esta era uma fazenda improdutiva e que agora, através do trabalho dos companheiros sem terra está produzindo vários hectares para atender as dezenas de famílias de trabalhadores que buscam sua sobrevivência de maneira digna e dentro da lei.
Um dirigente do MST ressaltou que foi solicitado ao Presidente da Câmara Municipal de Patrocínio, o senhor Cássio Remis, o espaço da Câmara municipal para que a audiência pública fosse lá realizada, contudo o pedido foi negado, o senhor Cássio Remis temia que os trabalhadores pudessem depredar aquele espaço do povo. Mas o MST avisa ao senhor vereador Cássio Remis que os sem terra são trabalhadores e não bandidos. Mas também avisou que se o trabalhador não pode entrar no espaço do povo, o trabalhador pode ocupar este local, se for necessário.
Na quinta feira santa, se estendendo pela sexta feira da paixão e adentrando o sábado de aleluia, um bando de jagunços a mando do então dono da fazenda Senhor Renato que não é de Patrocínio e região e sim de São Paulo, que a mais de seis anos mantinha essa fazenda de maneira improdutiva, estando então apta para a realização da reforma agrária, invadiu o assentamento humilhando e pressionando os trabalhadores que ali se encontravam e o pior é que no assentamento se encontravam, em sua extrema maioria, apenas mulheres e crianças, uma vez que os homens adultos estavam trabalhando. Jagunços covardes que atacaram mulheres e crianças no assentamento Chico Mendes.
A marcha foi maravilhosa, os trabalhadores sem terra demonstraram que vão lutar até onde for necessário para conquistar seus direitos que nesse momento apenas querem poder trabalhar de maneira digna. A população e os trabalhadores que se encontravam pelas ruas de Patrocínio pararam para acompanhar as denúncias feitas companheiros sem terra e também a determinação desses lutadores em continuar a luta contra o latifúndio assassino em nosso país.
A audiência pública contou com a participação e apoio do SindUTE Subsede de Patrocínio através da diretora Aderly que em sua fala afirmou o incondicional apoio e participação do SindUTE na luta e nas manifestação que os companheiros sem terra ainda poderão realizar em defesa de seus direitos. A CSP-Conlutas também se fez presente através do professor Gilberto que em sua fala ressaltou a importância da luta dos trabalhadores para combater o governo capitalista em Patrocínio, em Minas Gerais, no Brasil e no mundo, pois a luta é internacional. Afirmou também que a união do trabalhador do campo e da cidade é de suma importância para a vitória definitiva da classe trabalhadora. O professor Gilberto ainda deixou claro que a CSP-Conlutas se faz presente em todas as lutas da classe operária em nosso país e que aqui em Patrocínio não será diferente, pois se o trabalhador é explorado e oprimido a reação deve ser a altura.
Os trabalhadores sem terra em Patrocínio juntamente que com toda a classe trabalhadora está pronta para continuar com a luta que é de todos.
Abaixo o latifúndio assassino.
Viva a luta de toda a classe trabalhadora em todo o mundo.
Gilberto José de Melo
Militante da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e Coordenador ao SindUTE Subsede de Patrocínio.
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