sexta-feira, 5 de abril de 2013

Trabalhadores sem terra reagem aos ataques do latifúndio em Patrocínio



Nesta quinta feira dia 04 de abril de 2013 foi realizada uma marcha do movimento sem terra (MST) em Patrocínio e posteriormente ocorreu uma audiência pública no Espaço Cultural para que o MST, juntamente com representantes da do Estado, através da polícia militar e do INCRA encontrasse uma solução para o impasse que se estabeleceu na Fazenda Porto Seguro que hoje responde pelo nome de acampamento Chico Mendes.
Os trabalhadores sem terra já se encontram nesse local a praticamente dois anos. Esta era uma fazenda improdutiva e que agora, através do trabalho dos companheiros sem terra está produzindo vários hectares para atender as dezenas de famílias de trabalhadores que buscam sua sobrevivência de maneira digna e dentro da lei.
Um dirigente do MST ressaltou que foi solicitado ao Presidente da Câmara Municipal de Patrocínio, o senhor Cássio Remis, o espaço da Câmara municipal para que a audiência pública fosse lá realizada, contudo o pedido foi negado, o senhor Cássio Remis temia que os trabalhadores pudessem depredar aquele espaço do povo. Mas o MST avisa ao senhor vereador Cássio Remis que os sem terra são trabalhadores e não bandidos. Mas também avisou que se o trabalhador não pode entrar no espaço do povo, o trabalhador pode ocupar este local, se for necessário.
Na quinta feira santa, se estendendo pela sexta feira da paixão e adentrando o sábado de aleluia, um bando de jagunços a mando do então dono da fazenda Senhor Renato que não é de Patrocínio e região e sim de São Paulo, que a mais de seis anos mantinha essa fazenda de maneira improdutiva, estando então apta para a realização da reforma agrária, invadiu o assentamento humilhando e pressionando os trabalhadores que ali se encontravam e o pior é que no assentamento se encontravam, em sua extrema maioria, apenas mulheres e crianças, uma vez que os homens adultos estavam trabalhando. Jagunços covardes que atacaram mulheres e crianças no assentamento Chico Mendes.
A marcha foi maravilhosa, os trabalhadores sem terra demonstraram que vão lutar até onde for necessário para conquistar seus direitos que nesse momento apenas querem poder trabalhar de maneira digna. A população e os trabalhadores que se encontravam pelas ruas de Patrocínio pararam para acompanhar as denúncias feitas companheiros sem terra e também a determinação desses lutadores em continuar a luta contra o latifúndio assassino em nosso país.
A audiência pública contou com a participação e apoio do SindUTE Subsede de Patrocínio através da diretora Aderly que em sua fala afirmou o incondicional apoio e participação do SindUTE na luta e nas manifestação que os companheiros sem terra ainda poderão realizar em defesa de seus direitos. A CSP-Conlutas também se fez presente através do professor Gilberto que em sua fala ressaltou a importância da luta dos trabalhadores para combater o governo capitalista em Patrocínio, em Minas Gerais, no Brasil e no mundo, pois a luta é internacional. Afirmou também que a união do trabalhador do campo e da cidade é de suma importância para a vitória definitiva da classe trabalhadora. O professor Gilberto ainda deixou claro que a CSP-Conlutas se faz presente em todas as lutas da classe operária em nosso país e que aqui em Patrocínio não será diferente, pois se o trabalhador é explorado e oprimido a reação deve ser a altura.
Os trabalhadores sem terra em Patrocínio juntamente que com toda a classe trabalhadora está pronta para continuar com a luta que é de todos.
Abaixo o latifúndio assassino.
Viva a luta de toda a classe trabalhadora em todo o mundo.

Gilberto José de Melo
Militante da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e Coordenador ao SindUTE Subsede de Patrocínio.

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