quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A CNTE não representa os Educadores

Entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2011acontecerá o 31º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Brasília cujo tema será “O PNE na Visão dos Trabalhadores em Educação”. Este Congresso deve ser visto e analisado com cuidado. Nós Educadores, precisamos saber que a CNTE não nos representam na prática. Esta é uma Confederação que é filiada a CUT e esta central sindical sempre esteve no governo Lula e continuará no governo Dilma, afinal o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma são do mesmo partido político, o PT que de defesa dos trabalhadores não tem nada. O PNE foi elaborado pelo MEC, ou seja, pelo governo, sendo assim, com certeza, não tem nada que atenda aos anseios dos trabalhadores em Educação. Para deixar claro, no PNE sempre esteve presente a expressão “valorização do profissional da Educação”, em momento algum verificamos esta valorização. Se formos analisar na questão salarial o piso nacional estipulado pelo governo Lula foi uma vergonha. O governo federal não teve escrúpulos em definir um piso baixíssimo e apenas para os profissionais que possuem o ensino médio de formação deixando para os estados e municípios a responsabilidade em definir o piso dos profissionais que possuem curso superior. A CNTE se resumiu a realizar manifestações esporádicas exigindo a aplicação do vergonhoso piso nacional, que acima de tudo foi considerado inconstitucional devido alguns governadores, como Aécio Neves, por exemplo, terem procurado a justiça com o intuito de não serem obrigados a implantarem o vergonhoso piso nacional. Em Minas Gerais foi implantado um teto salarial, ou seja, nenhum profissional poderia ultrapassar certo vencimento. Enfim, a CNTE é uma Confederação burocratizada a serviço do governo que não foi capaz ou não teve interesse em liderar uma greve a nível nacional exigindo no mínimo o salário estipulado pelo Dieese que está em torno de R$2.100,00 e fazer reivindicações históricas dos Educadores que é ter uma jornada de trabalho onde 50% da carga horária seja destinada a atividades extraclasse.
Sendo assim, os setores revolucionários da categoria precisam realizar um chamado para que ocorra uma ruptura com esta Confederação e inicie a criação de uma Confederação revolucionária que possa atender aos anseios dos Educadores e lutar em beneficio de todos os trabalhadores.

Professor Gilberto


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